terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Achados e Perdidos

As vezes quando esqueço quem sou, escrevo.
Não escrevo sobre mim, mas sim para lembrar quem sou.
Me deparo com algumas palavras soltas, algumas observações escuras
E algumas palavras erradas...
Será só isso que sou?
Será que há quem saiba precisamente essa resposta?
Já fui tantas coisas, dessas eu tenho bastante certeza, aquelas que fui um dia...
É uma busca tão cansativa, essa de hoje e aquela que ainda serei.
Escrevendo me parece que sou mais interessante, talvez por isso em meio a confusão eu goste de pensar que sou interessante. É, definitivamente é isso.
Como pode? Como nos perdemos tanto assim?
Como é que paramos aqui?
Seria mais fácil um mapa? Um GPS, com certeza seria!
Imagina? Ter um GPS sobre ser...rs
Se perder as vezes me traz de volta de uma maneira que não era antes.
Essa eu tbm consigo identificar, essa que mudou seja a cor preferida ou a opinião
sobre  piscina de bolinhas, vida, sobre aqueles livro que sempre amei...
Nesse meio perdido há algumas coisas que nunca pensei em encontrar mas que foi maravilhoso assim mesmo.
Tiveram achados ruins também, achados que nenhuma pessoa merecia encontrar.
Mas eu encontrei.
É foram coisas tão feias que quase posso dizer que são relíquias, mas esses tento não me lembrar ou lembrando não deixo que me magoem mais.
Mas o que quero mesmo lembrar é que escrever me trás de volta.
Escrever me ensina a melhorar seja na gramática ou na vida.
Faz com que eu queira ser melhor, não só pra mim.
Faz eu me sentir parte de alguma coisa que não se perde.



quinta-feira, 6 de julho de 2017

ELA.

Ela reconhecia coisas que não gostava de ver.
Reconhecia coisas que insistia em acreditar que não era como ela realmente as viam.
Era muito difícil ver verdades que não deveriam estar ali.
Aprendeu calar, silenciar, mas nunca... nunca mesmo aprendeu a não sentir.
Não era uma dor dela, mas por mais que fugia mais latente ardia, na alma, no ser.
Várias vezes confundiu sua dor com as demais, não sabia se era dela tem coisas que doem sem mesmo a gente saber. (dizia a si mesmo)
Era uma luta continua sobre si e sobre os demais.
Tentava se imaginar normal, ou pelo menos com o que ela considerava normal.
Isso também era uma guerra.
Uma guerra interna.

E como sabemos em uma guerra todos perdem.