Ali, onde as ondas quebram
E espumas se formam
Onde a água é mais quente
Onde a canela arde
Ali, onde paramos
Pra depois continuar
Onde observamos a frente;
Atrás...
Perdem-se pedaços de nós
Um pedaço, que esperava ter perdido
Insistentemente, fica
Entranhado...Gravado...
Esse pedaço é feito de dor
Lágrimas;
Insegurança e medo.
Ali, onde as ondas quebram e sonhos despedaçam
Formam, disformes
Vive uma tristeza que não vai embora
Ela pincela despretensiosamente
Tudo que brilha
Não saberíamos explicar
Quem não dá voz, não sente.
É bobagem.
Ali, onde correntes foram quebradas
Vivem memórias
Elas prendem tanto quanto.
Amordaça, obrigada.
Palavras bagunçam
As vontades se perdem
Os olhos enchem
Se não sente
Tampouco entende.
Não é bobagem.