terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Sem.

Quando a chuva passa é quando a certeza vem?
Eu me perdi falando de certezas
Sentada na rua olhando tudo passar
Desordem
Caos
Meio e fim
Fio
É como folhas de uma estação específica 
Foi parte de algo, foram arvores
O que sobrou foi o chão
O que sobrou foi a morte
Será que escorrem lágrimas?
Talvez, os orvalhos sejam lágrimas 
Premonições do que está por vir
Uma vez me disseram que folha de oliveira não cai nunca
Quem dera ser essa folha.
Será que escolheram ser folhas mortas?
Há uma maldade sutil sobre escolhas
Há uma maldade sutil nas certezas
Sinto todas elas
Sei sobre elas
Finjo.
Dessa vez o tempo não curou
Pregou uma peça sem graça
E, é ele que está assistindo a gente se despedaçar
Eu adoraria ter controle dele
Ficar mais
Conduzi o tempo pra longe, ouvi falar sobre perda dele
Eu pedi a verdade
Ela corta a carne e segura o tempo
Lá se vai a estação.
Eu deveria estar alegre, tendo corpo e alma
Mas e o coração?
Esta dançando com o tempo
É uma triste canção de verão.

*imagem da internet